Eu sou uma apaixonada por histórias que envolvem a Inglaterra, e a história do Rei Arthur é mais uma delas.
Vira e mexe quando aparece algo novo que me atrai eu tento assistir. Minha última empreitada foi o filme Arthur – A lenda da espada.
Quando Cursed foi disponibilizado no Netflix, eu fiquei curiosa, principalmente por tratar a história do ponto de vista da “Dama do Lago”, uma personagem pouco abordada. Inclusive me lembrou de uma releitura adolescente que eu amo da Meg Cabot, chamado Avalon High. Mas a semelhança parou por aí.
Ao longo de três dias eu assisti aos 10 episódios da primeira temporada da série, porque fiquei realmente bem curiosa para saber como seria retratada a série. Cursed se inicia com a história através da jornada de Nimue, estrelada por Katherine Langford (13 reasons why), uma feerica (ser mágico), com poderes misteriosos, rejeitada entre seu próprio povo. Nesta época a igreja está conquistando território através de um grupo chamado Paladinos, cujo foco é erradicar os feericos, matando-os violentamente. Após os paladinos massacrarem o povo de Nimue, sua mãe a entrega uma espada misteriosa, e como último pedido antes de morrer, solicita que entregue-a para Merlin (isso mesmo o grande mago). A partir de então a saga dessa histórica começa, e ao longo dos episódios vamos conhecendo pouco a pouco não só a história de Nimue como de diversos personagens que vão sendo apresentados.
Não preciso dizer que essa é mais uma série que tenta, miseravelmente, suprir o espaço vazio deixado por Game of Thrones e assim como outras não consegue ocupar esse espaço. vazio. Cursed não é uma série ruim, mas também não é boa o suficiente para te prender do início ao fim. A nova releitura das lendas de Rei Arthur podem confundir um leitor mais desatento, e confundi-lo com outras abordagens que existem dentro da própria plataforma, é o caso de Arthur – A lenda da espada e da série Merlin. Ao mesmo tempo a série também tenta trazer a o lado escuro e e violência que as pessoas tanto amam de Game Of Thrones e depois de Vikings.
O problema todo é que a fotografia da série muito limpa e colorida, o que contrasta de forma singular com as cenas de batalhas e mortes, dando um contraste que ao meu ver incomoda e muito ao longo da série. É somente nos últimos episódios que ela começa a se tornam mais escura e sombria, como também mais interessante, talvez dando o tom da batalha que esta chegando.
A série talvez falhe, principalmente, no seu elenco principal, composto por Nimue, Arthur e Merlin. Apesar de Katherine ser uma das mais novas queridinhas, sua atuação é fraca e principalmente sem expressão, não traz a força necessária para a personagem, e as vezes sendo ofuscada por outras personagens femininas. Arthur que ao primeiro momento quando é apresentado, logo lembramos das suas retratações do passado, não passa empatia do público e as vezes um pouco de aversão. Ficou claramente exposto que seus atributos para ser um futuro líder e rei começam a ser desenvolvidos apenas no final da temporada e prometem. Já Merlin é a antítese do que imaginávamos do grande mago, uma pessoa sem poderes, bêbada e com pouca influência.
Para mim o Monge Choroso é o personagem mais interessante desta temporada, desde de o primeiro episódio queremos saber quem ele é e quais são as suas motivações. Talvez seja também o personagem que tem a melhor explicação e o melhor desfecho ao fim da série.
Eu fiquei com mais pontos negativos do que positivos, me incomodou a série não ter problemas em mostrar as mortes com sangue e membros jorrando para todos os lados, como outras séries do gênero, mas ao mesmo tempo tratar de modo tão puritano os relacionamentos dos personagens, como o muito óbvio entre Nimue e Arthur. As vezes beirando um pouco a um romance adolescente.
Toda a batalha em volta da espada para conseguir o poder que ela traz para dominar o reino, é o outro tema central da série e vemos como a espada influencia as ações de Nimue, e para aqueles que já viram outros filmes não acha nada muito diferente do que vimos em o Senhor dos anéis, e como Frodo mudava enquanto usava o anel. Ou até em Harry Potter com o colar de Régulos Black.
O ponto alto da série, é a desconstrução dos personagens tão conhecidos pelo público e trazer o foco da história para a Dama do lago, tão pouco retratada em outras sérias e na própria lenda do Rei Arthur que foi tão romantizada ao longo nos séculos. Assim como Witcher, que na minha opinião tem uma temporada de estreia melhor e mais intrigante, esta seja a introdução para as aventuras que veremos nas próximas temporadas. O foco ao final, em mostrar que o foco não é só em Nimue, e que outros personagens têm muito mais a mostrar nas próximas temporadas. Ao final ela tenta deixa algumas poucas pontas soltas que sussurram para uma continuação, e também com um mistério que teremos que esperar a próxima temporada.
Ano: 2020
Onde: Netflix
Não fique chateada por eu dizer, mas é mexe e não meche
Mexer e Mecha de cabelo
Uma pena essa série não ser boa, estou querendo ler várias resenhas da série para decidir se vale a pena assistir.
Obrigada pelo Feedback! Texto corrigido!
Tem bastante opinião favorável e não pela internet. Acho que vai ter que arriscar.