Uma série com bilionários que fala sobre drama familiar? Sim, eu também virei o nariz por muito tempo para Succession, mas isso só me afastou da melhor série da atualidade.

Sim, A MELHOR.

Em Succession, Logan Roy (Brian Cox) é o patriarca de uma das famílias mais poderosas da atualidade e dono de um império midiático conhecido como Waystar Royco. Ele sempre se dedicou mais aos negócios do que aos quatro filhos – Connor (Alan Ruck), Kendall (Jeremy Strong), Roman (Kieran Culkin) e Siobhan (Sarah Snook). Quando Logan tem uma piora em seu estado de saúde, seus descendentes iniciam uma disputa pelo controle das empresas. Mas a fome de poder se mostra bastante perigosa, colocando à prova a lealdade de cada um deles.

 

De todas as emissoras do mundo, a HBO é de longe a que mais trás conteúdos diferenciados, séries desafiadoras e que em outras TV’s poderiam ser um desastre. Criando não só trabalhos premiados (Mare of Easttown), e cultuados ao redor do mundo (Game of Thrones), mas sempre parece que quando X série acabar, o público vai pular fora dela.

Não é por mal, mas com tantas opções e streamings aparecendo a cada momento, a fidelidade está ficando pelo caminho. Fidelidade e memória.

Amo maratonar séries e ver a história de uma vez, mas para não ser esquecida, a série tem que ser sensacional para a minha memória fazer jus. Só que se o boom de uma boa estreia nos streamings pode movimentar por umas duas semanas, lançá-la capítulo a capítulo ainda tem os seus bons frutos, mas esse é assunto para outro post, porque neste falaremos somente de outros reis da TV, os Roy’s.

A série não tem nenhum grande rosto conhecido, ou um protagonista que vai lhe carregar para dentro com interesse, muito pelo contrário, é dinâmica empresarial e familiar entre os 7 personagens principais que vai  criando um ambiente de instabilidade tanto para o mundo, acionista, políticos, quanto internamente.

Por conta da pandemia, a série pulou 2020 e voltou para a sua terceira temporada esse ano, sendo que semana passada foi anunciada a renovação para quarta, para alegria do fãs e entusiastas, que assim como eu, identificaram que Succession é incrível.

Sem enganação: a trama em si é um pouco batida.

Família bilionária, dona de TV’s, cruzeiros (guarde essa informação) e tantos outros negócios, precisam lidar com a sucessão do criador e CEO, Logan, que passa mal no primeiro episódio e começa a especulação sobre quem será o seu sucessor.

Ainda que criados com o pai por perto e com a melhor educação que o dinheiro pode pagar, fica claro que nenhum dos seus quatro filhos, Connor, Kendal, Roman e Shiv, tem a capacidade de assumirem a posição de CEO, só que eles também se unirão para evitar com que estranhos, inimigos e até amigos, passam a assumir o lugar que eles enxergam como de direito. O problema é que todos almejam a maior posição.

Temos ainda a chegada do primo Greg e Tom, noivo de Shiv, que começam as suas ascensões dentro da companhia. Qualquer cena dos dois é entretenimento garantido.

Na primeira temporada vemos uma animosidade interna que cresce até o ponto de explodir, mas que é contida literalmente nos últimos minutos da temporada em uma cena digna de tirar o chapéu.

Quando voltamos para a segunda, alguns dias se passaram entre os acontecimentos e a família precisa segurar o poder nas mãos e parece até o último minuto da season finale que é exatamente o que vai acontecer, mas a terceira nos entrega novamente uma reviravolta intensa.

Jesse Armstrong, o criador da série, tem uma lista extensa de trabalho, mas nada que pule os olhos (exceto um episódio de Black Mirror),O grande diferencial de Sucession é que além de contar com um elenco com bons atores e dinâmicos é o roteiro.

Mesmo com uma trama que poderia ficar na mesmice (e pode até acontecer), cada cena, principalmente as que envolvem os principais nos carrega ainda mais para dentro da mente de cada um dos personagens, até onde estão dispostos a ir e, inacreditavelmente, o laço familiar que os une.

Há cenas para ditar o rumo da história, conversas paralelas de poder, mas parece que cada uma delas  está ali é para servir um propósito de elevar a qualidade, reforçar os traços ou trazer fragilidades.

Tenho as minhas teorias de quem será o sucessor e uma preferência pela Shiv que nem sei explicar, mas cada um dos personagens, carrega nuances para amar e odiar.

Você pensa, ‘Agora vai acontecer xyz’, mas um se afasta ou estende a mão para ajudar, porque apesar de tudo, no final, eles são uma família.

No final, ainda é a melhor série da atualidade. Corram!

Succession passa todos os domingos na HBO e também está disponível no HBOmax

Créditos:

Sinopse: Adoro Cinema

Fotos: HBO